segunda-feira, 7 de julho de 2014

Risco de demissões no setor e inflação nos preços

“Nova Lei não passa de demagogia e uma maneira do governo ludibriar e atrapalhar ainda mais a vida do cidadão, se metendo onde não é chamado...”, alerta especialista

Já em vigor desde o final do mês de junho a Lei 12.997/2014 que garante adicional de periculosidade de 30% sobre o salário de todos os trabalhadores que utilizam a motocicleta como meio de transporte (motoboy, mototaxista, carteiros) mediante a constatação do risco que enfrentam os profissionais do segmento, se faz necessária uma reflexão: há que se analisar os infortúnios que tal instrumento pode promover aos empregadores, empregados e para os que, de algum modo, usufruem dos serviços dos motoboys, pondera o especialista em Direito do Trabalho, advogado Fábio Maciel Ferreira – da Sociedade Limongi Faraco Ferreira Advogados.

“Antes de tudo é imperativo ter o conhecimento que o empresário não pode ter prejuízo. Haja visto, que na medida em que o empregador avaliar que seus negócios não estão gerando lucro, ou pior, que podem estar se dirigindo à falência, se faz necessário tomar providências.  Constatando a possibilidade de não ter receita para pagar os 30% adicionais aos motoboys, este não terá outra escolha que não seja cortar funcionários ou aumentar o preço dos serviços ou produtos para manter a liquidez de seu negócio. Já no que se refere aos motoboys, o cenário criado pela aplicação da Lei dificultará, ainda mais, o ingresso na profissão. O cálculo é simples: o empresário, que podia empregar mais profissionais a um custo menor, terá que empregar menos a um custo maior”, pontua o especialista em Direito do Trabalho.

Quem pagará a conta?

“Necessariamente alguém terá que pagar os 30% dos motoboys e sem dúvida que o empresário será o menos prejudicado. Mesmo que ele venha a ter que refazer seus planos e metas, quem pagará a conta realmente serão os clientes ou os motoboys que passarão a ter mais problemas com o exercício de sua profissão. Enquanto, o empresário será obrigado a tomar providências, do contrário não terá condições de manter o seu negócio”, esclarece o advogado.

“No mais, tudo o que se falar não passa de pura demagogia e uma maneira do governo de ludibriar e atrapalhar ainda mais a vida do cidadão, se metendo onde não é chamado”, finaliza Ferreira.

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