Eletroneuromiografia Perineal e Ecodopler Peniano hoje em
dia já podem ser usados para prevenir ou diagnosticar lesões da diabete
responsáveis por dificuldades sexuais.
Estudo, recentemente publicado, analisou o impacto da
presença de complicações crônicas específicas na qualidade de vida de
indivíduos com diabetes. Foi avaliada uma amostra de 316 sujeitos com diabetes,
dos quais 44,6% do sexo masculino; com idades compreendidas entre os 16 e os 84
anos.
Destes doentes, 59,8% sofrem de complicações crônicas da
diabetes. Os resultados sugerem que, aqueles que sofrem de complicações
crônicas demonstram ter uma qualidade de vida inferior à dos que não sofrem
sequelas. Esta diferença verifica-se quando são analisadas especificamente a
microangiopatia, catarata, macroangiopatia, e neuropatia autonômica (disfunção
sexual), entre outras.
O que uma coisa tem a ver com outra?
A diabetes, explica o médico urologista Sérgio Iankowski*,
tem como característica a perda de células por falta de alimentação, já que a
glicose, alimento básico das células, não é levada ao interior destas por falta
da insulina que é o hormônio com produção deficiente no diabético e que tem por
função exatamente o transporte da glicose para o interior das células.
“A perda ou morte de células leva a uma função inadequada de
sistemas e órgãos e muito frequentemente afeta a inervação e a circulação de
regiões do corpo humano. Quando a inervação ou circulação afetadas estão
relacionadas com o mecanismo de ereção, surgem no diabético as dificuldades
eréteis”, explica o especialista.
Ainda segundo o diretor do Instituto de Infertilidade e
Andrologia a realização de uma Eletroneuromiografia Perineal, que avalia a
inervação da região genital, e de um Ecodopler Peniano com Ereção Fármaco
Induzida, que avalia a circulação envolvida no mecanismo de ereção constituem
hoje em dia uma forma de prevenir ou diagnosticar lesões da diabete
responsáveis por dificuldades sexuais.
“Avanço que facilita enormemente o tratamento das disfunções
sexuais masculinas considerando-se o fato de que a prevenção e o diagnóstico
precoce ainda são os meios melhores de lidar com nossa saúde”, finaliza.
(*) Dr. Sérgio Iankowski
- Médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS);
- possui pós-graduações em Infertilidade - pela Fundação
Universitária de Fertilidade e Endocrinologia (FUEFE) e pela Fundação Puigvert,
Barcelona, Espanha - e em Sexualidade Humana pela Universidade Tuiuti do
Paraná;
- integra a Internacional Society for Sexual and Impotence
Research (ISSIR), a Sociedade Brasileira de Andrologia (SBA) e a Sociedade
Brasileira de Sexualidade Humana (SBRASH);
- autor do livro Ereção e Falha, Falhou Por quê?;
- dirige o Instituto de Infertilidade e Andrologia, desde
1983.
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