sábado, 30 de agosto de 2014

Novidade na ciência médica... Diabetes e Disfunção Erétil

Eletroneuromiografia Perineal e Ecodopler Peniano hoje em dia já podem ser usados para prevenir ou diagnosticar lesões da diabete responsáveis por dificuldades sexuais.

Estudo, recentemente publicado, analisou o impacto da presença de complicações crônicas específicas na qualidade de vida de indivíduos com diabetes. Foi avaliada uma amostra de 316 sujeitos com diabetes, dos quais 44,6% do sexo masculino; com idades compreendidas entre os 16 e os 84 anos.

Destes doentes, 59,8% sofrem de complicações crônicas da diabetes. Os resultados sugerem que, aqueles que sofrem de complicações crônicas demonstram ter uma qualidade de vida inferior à dos que não sofrem sequelas. Esta diferença verifica-se quando são analisadas especificamente a microangiopatia, catarata, macroangiopatia, e neuropatia autonômica (disfunção sexual),  entre outras.

O que uma coisa tem a ver com outra?

A diabetes, explica o médico urologista Sérgio Iankowski*, tem como característica a perda de células por falta de alimentação, já que a glicose, alimento básico das células, não é levada ao interior destas por falta da insulina que é o hormônio com produção deficiente no diabético e que tem por função exatamente o transporte da glicose para o interior das células.

“A perda ou morte de células leva a uma função inadequada de sistemas e órgãos e muito frequentemente afeta a inervação e a circulação de regiões do corpo humano. Quando a inervação ou circulação afetadas estão relacionadas com o mecanismo de ereção, surgem no diabético as dificuldades eréteis”, explica o especialista.

Ainda segundo o diretor do Instituto de Infertilidade e Andrologia a realização de uma Eletroneuromiografia Perineal, que avalia a inervação da região genital, e de um Ecodopler Peniano com Ereção Fármaco Induzida, que avalia a circulação envolvida no mecanismo de ereção constituem hoje em dia uma forma de prevenir ou diagnosticar lesões da diabete responsáveis por dificuldades sexuais.

“Avanço que facilita enormemente o tratamento das disfunções sexuais masculinas considerando-se o fato de que a prevenção e o diagnóstico precoce ainda são os meios melhores de lidar com nossa saúde”, finaliza.
 
(*) Dr. Sérgio Iankowski
- Médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS);
- possui pós-graduações em Infertilidade - pela Fundação Universitária de Fertilidade e Endocrinologia (FUEFE) e pela Fundação Puigvert, Barcelona, Espanha - e em Sexualidade Humana pela Universidade Tuiuti do Paraná;
- integra a Internacional Society for Sexual and Impotence Research (ISSIR), a Sociedade Brasileira de Andrologia (SBA) e a Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana (SBRASH);
- autor do livro Ereção e Falha, Falhou Por quê?;
- dirige o Instituto de Infertilidade e Andrologia, desde 1983.

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