Oferta de alimentos e
sedentarismo estão entre os principais fatores que levam à obesidade infantil
A
Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que somente no Brasil a obesidade
avançou cerca de 240% nas últimas duas décadas. Já a Sociedade Brasileira de
Endocrinologia e Metabologia indica que no país 6,7 milhões de crianças
apresentam esse problema. Por outro lado a Sociedade Brasileira de Pediatria
identifica que o índice de crianças obesas passou de 3% para 15% nos últimos 30
anos. Devido a esses dados alarmantes, a volta as aulas traz a preocupação com
os hábitos alimentares de crianças durante o período escolar.
Segundo
a Doutora na área de Obesidade, nutricionista Flavia Fellippe - diretora da Clínica
Leve Flávia Felippe -, são inúmeras as causas que provocam a obesidade
infantil, porém as duas que mais se destacam são: a grande oferta de alimentos
hipercalóricos e o sedentarismo. “Com o avanço das tecnologias, a criança passa
muito tempo frente ao computador, televisão e videogame, todas atividades que
não envolvem exercício físico, portanto sem queima calórica. Logo, essa
inatividade é um elemento que contribui, e muito, para o ganho de peso”,
salienta.
De
acordo com a Doutora, a obesidade infantil já é uma questão de saúde pública,
já se tornou uma doença na qual o acúmulo de gordura no corpo, se concentra a
ponto de prejudicar a saúde. As chances de uma criança obesa se tornar um
adulto obeso e, consequentemente, desenvolver problemas de saúde, é de 80%.
Como
forma de alertar os pais, a diretora da Clínica Leve Flávia Felippe orienta que os mesmos indiquem as crianças a fazerem
escolhas mais saudáveis nas cantinas das escolas, evitando frituras,
refrigerantes e buscando como opção lanches naturais. “Além disso, as
recomendações básicas são as que muitos já sabem: fracionar os alimentos, ou
seja, não passar mais do que três horas sem ingerir comida; não pular o café da
manhã, que é um hábito que vem se perdendo, porém essencial para o
desenvolvimento da criança, já que traz energia para sua atividade diária;
mastigar bem os alimentos, pois isso faz com que a digestão seja mais lenta e a
absorção dos nutrientes mais eficaz; e tentar realizar algum tipo de atividade
física que agrade. Criar hábitos de alimentação e de atividades diárias são
essenciais para evitar essa doença. E o melhor: tudo pode ser criado e
combinado de forma lúdica”, finaliza.
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